Sede sul-americana apoia gravações de lições bíblicas em LIBRAS
Por marciobasso 27/10/2011 - 10h47
As gravações de lições da Bíblia Sagrada em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) agora terão o apoio institucional da sede sul-americana adventista, em Brasília. Chamado de lição da Escola Sabatina, o material é produzido há três anos pelo Ministério dos Surdos Adventistas de maneira pioneira, mas agora ganha como parceiro o departamento de Escola Sabatina da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista (órgão máximo dos adventistas para oito países sul-americanos).
Nesta semana, uma equipe de surdos e intérpretes realizou, na capital federal, gravações das lições que serão lidas, a partir do primeiro trimestre de 2012, por pessoas com deficiência auditiva. O tema inicial é o Deus triúno.
O pastor Edison Choque, diretor de Escola Sabatina da sede sul-americana adventista, explica que o objetivo é apoiar o desenvolvimento desse e de futuros outros materiais que possam atender a pessoas que necessitam dessa atenção especial. O Ministério dos Surdos Adventistas existe há mais de 40 anos no Brasil e se estima que 500 surdos professem a fé adventista no País. O material gravado no estúdio conta com o apoio de surdos e intérpretes.
Depois de produzida, a lição passa pela edição e fica disponível no site do Ministério dos Surdos para download com cerca de dois mil acessos por mês. Jackeline Mennon, diretora do Ministério, diz que uma das principais dificuldades é o lugar para a captação das imagens. Ela acredita que com esse apoio institucional será possível dar mais qualidade ao material e ampliar sua distribuição. Hoje a lição de Escola Sabatina em LIBRAS é vista não apenas no Brasil, mas em países como Portugal, Angola e Argentina.
História de atendimento a surdos
Em 26 de setembro de 1857, durante o Império d
e D. Pedro II, o professor francês Hernest Huet fundou, com o apoio do imperador, o Imperial Instituto de Surdos Mudos. Huet era surdo. Na época, o Instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias. Hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Fonte: Equipe ASN, Felipe Lemos