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Projeto do governo prevê a “desconfiguração” da família


Por marciobasso 29/09/2010 - 14h27

O projeto de lei 122, enviado pelo governo ao congresso, faz parte do Plano Nacional de Direitos Humanos 3, o PNDH3. Esse plano foi assinado pelo presidente Lula às vésperas do natal do ano passado. Aliás, muitos projetos de lei, que deveriam ser levados ao conhecimento e aprovação da população, são assinados às escuras, na calada da noite.
A aprovação do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, são temas polêmicos que sequer foram discutidos claramente nesse período de debates e campanha eleitoral. O PNDH3 sugere a desconstrução da configuração original de família, que é a união de homem e mulher e ampara legalmente outras configurações familiares, e restringe a expressão de opiniões contrárias a esse comportamento.
Se uma lei aprova o aborto sob o argumento do risco à saúde da gestante em clínicas clandestinas, essa mesma lei interfere no direito à vida do feto. Quando se aprova lei para a liberdade de alguns, essa mesma lei acaba interferindo nos  direitos de outros.
O governo deveria ter mais cautela, pois deixa a desejar no esclarecimento desse assunto. Na dúvida, ninguém pode tomar decisão consciente. E um povo só é livre quando tem conhecimento suficiente para decidir. O Estado é Laico, mas seus cidadãos são religiosos.
O governo atira no próprio pé quando pretende aprovar leis que contrariam os valores familiares e o direito à vida. É questão de princípio. E religiosos bem informados não costumam agir em desconformidade com o que acreditam.
Elias Teixeira