Manda quem pode

Na política e em todo o segmento humano, vale a lei do mais forte.
O presidente Lula bem que tentou, mas ele, mais do que ninguém, como chefe de Estado, sabe que a opinião da minoria não tem peso onde a maioria domina.Tanto sabe, que em sua política internacional defende o fortalecimento do MERCOSUL, para que a América Latina ganhe mais peso no cenário global. Localmente, busca de todas as maneiras ter maioria no parlamento para aprovar propostas de interesse do governo. É assim que funciona. O Brasil ainda não se basta para enfrentar o mundo, apesar do discurso valente em fase de experiência. O conselho de segurança da ONU aprovou mais sanções ao Irã, por causa de seu programa nuclear, ainda duvidoso. Lula teve que se inclinar à posição da maioria, assinando também a punição ao Irã. Isso era previsível. Mesmo com todo o seu talento de
negociador, experiência que ganhou como sindicalista, e com todo o seu esforço pelo diálogo, “pondo até a mão no fogo” pelo programa nuclear iraniano, Lula é pouco para mudar a opinião do mundo. Aliás, cada país tem uma cartilha a rezar. Neste caso, cabe aqui o velho ditado: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Elias Teixeira

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