Lançado documentário de Ruanda pós-genocídio
Por marciobasso 17/06/2010 - 15h07
Pelo menos 15 anos depois de um dos maiores massacres da era moderna, o genocídio de Ruanda ainda ecoa na lembrança de quem viveu e vive lá e de quem tenta contar como é possível reconstruir a nação da África Central.
Em 1994, conflitos entre os grupos étnicos tutsis e hutus foram responsáveis pela morte de mais de 800 mil pessoas em praticamente 100 dias de guerra civil.
Três jovens estudantes de jornalismo do Centro Universitário Adventista (Unasp) ousaram viajar até Ruanda, em 2007, e preparar um documentário que mostra como o povo local e as autoridades trabalham para reerguer o país e superar os traumas do passado.
O material, com aproximadamente 50 minutos de duração, chamado Memórias Feridas, o renascer de uma nação, foi apresentado como trabalho de conclusão do curso.
E, nesta quarta-feira, dia 16 de junho, passou a ser comercializado após parceria com uma importante livraria em Brasília depois de um lançamento especial com direito a sessão de autógrafos. Um compacto do documentário, de 20 minutos, foi apresentado a uma plateia sedenta por entender como esse massacre ainda repercute tanto.
Dois dos autores, os jornalistas Paulo Mondego e Larissa Jansson, responderam a perguntas e explicaram que, apesar do tempo, grande parte dos entrevistados não consegue esquecer as marcas do conflito civil ocorridas e nem a dita omissão da Organização das Nações Unidas (ONU). “Existem, inclusive, locais com corpos de vítimas daquela época… Há uma espécie de turismo de genocídio”, comentou Larissa.
Memórias Feridas, o renascer de uma nação foi produzido por Paulo, Larissa e Joelmir Melo com o cinegrafista Jean Gabriel enquanto acadêmicos do curso de jornalismo do Unasp. Já está definida a veiculação na TV Cultura.
Equipe ASN, Felipe Lemos