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Especialistas alertam para sinais de refluxo em bebês


Por marciobasso 13/09/2010 - 11h55

Náuseas, vômitos, má aceitação alimentar, choro excessivo e pouco ganho de peso durante o primeiro ano de vida de bebês podem ser sinais da Doença do Refluxo Gastroesofágico, quadro de regurgitação provocado a partir do retorno normal do suco gástrico para o esôfago. 
Segundo Maria Teresa Torgi, diretora clínica e chefe da Pediatria do Hospital Estadual do Mandaqui, da Secretaria de Estado da Saúde, sintomas respiratórios como chiado no peito, tosse crônica (especialmente noturna), rouquidão, asma brônquica de complicado controle, broncopneumonia e até crises repetidas de laringite são sinais da presença da Doença do Refluxo Gastroesofágico. 
“Manter o bebê em posição vertical após as mamadas por trinta minutos e determinar um espaço de tempo menor entre as refeições auxiliam no alívio das regurgitações”, recomenda a médica. De acordo com a especialista, a Doença do Refluxo Gástrico geralmente persiste até o segundo ano de idade, mas há casos que ela se mantém de forma crônica por toda a infância e adolescência. 
Além da avaliação dos sinais e dos sintomas clínicos, o diagnóstico da doença pode ser realizado por meio de radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno, de cintilografia gastroesofágica com ou sem pesquisa de aspiração pulmonar, de vídeo deglutograma ou de pH metria esofágica.
Novos exames
A partir do próximo mês, o Hospital Estadual do Mandaqui oferecerá os exames de videodeglutograma e de radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno, utilizados para checar a existência da Doença do Refluxo Gástrico. O agendamento será feito por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além desses procedimentos, o diagnóstico também pode ser feito pela avaliação dos sinais e dos sintomas clínicos.
“Para quadros de difícil tratamento se recomenda o uso de medicamentos, a exemplo de antiácidos e de procinéticos. Já o tratamento cirúrgico só deve ser considerado para os quadros mais graves que não respondem ao tratamento clínico”, finaliza Maria Teresa.
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo