Ensino a distância tem 20% dos alunos no Brasil
Por admin 17/06/2010 - 15h21

O avanço da internet é essencial para o crescimento da modalidade
Para que esse crescimento ocorresse, foi preciso que o Governo acordasse para essa nova realidade. Demorou, mas em 2005 o MEC apresentou a criação da Universidade Aberta do Brasil. A instituição tem 180 mil vagas em cursos superiores oferecidos em parceria com universidades federais.
Uma das mais tradicionais instituições educacionais no país, a Universidade de São Paulo, até então resistente em adotar o modelo, lançou, junto com o governo estadual, o seu primeiro curso a distância – uma licenciatura em ciências focada na formação de professores.
“Acho natural o crescimento do ensino a distância, e isso contribui inegavelmente para a educação no país”, disse à reportagem da CNTN o coordenador para Pernambuco do Pólo Unisa Digital, Jurandir Carvalho. Ligado à Universidade de Santo Amaro, o pólo foi uma alternativa muito comemorada no arquipélago de Fernando de Noronha, PE. Graças ao ensino a distância, os ilhéus têm a oportunidade de concluir uma graduação permanecendo na ilha. “Essa foi uma alternativa que contribuiu muito para o crescimento de Noronha”, comemorou Magali Luna, ex-secretária estadual de Educação em Pernambuco e diretora da Escola Arquipélago.
Por enquanto, o modelo a distância tem mantido taxas altas de crescimento (50% ao ano, em média), enquanto o avanço da graduação presencial tende a se estabilizar (3,5% em 2008).
Na avaliação do secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, o Brasil ainda passa por um processo de aceitação e conhecimento do que é a modalidade. “A EAD é um fenômeno mundial e aqui no Brasil ainda demorou para se estabelecer”, disse. Ele citou o resultado das avaliações de ensino superior conduzidas pelo MEC, que mostram desempenho semelhante e em alguns casos superior dos estudantes de EAD em relação a alunos de cursos presenciais.
Por Heron Santana, com notícia da Agência Estado