Rede Novo Tempo de Comunicação

Dilma baixa 40 medidas protecionistas – Comentário de Márcio Basso


Por marciobasso 27/03/2012 - 11h48

A presidente Dilma Rousseff já adotou uma avalanche de iniciativas para proteger a indústria nacional da invasão dos importados. Levantamento feito pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo identificou 40 medidas aplicadas ou em análise. O protecionismo brasileiro provoca apreensão nos parceiros comerciais, mas os empresários reclamam que as medidas são pontuais e não resolvem o problema. O esforço engloba desde medidas abrangentes como intervenção no câmbio, maior fiscalização nos portos e preferência a produtos nacionais em licitações, até sobretaxas para produtos específicos, elevação de impostos só para importados e a renegociação do acordo automotivo com o México.
As medidas protecionistas do governo são interessantes, mas apenas paliativas, pois atuam no sintoma e não na causa. É como um remédio, ele ameniza a doença e pode até trazer alívio momentâneo, mas a cura só vem quando as causas são detectadas e minados os seus efeitos. Exemplo: para se curar uma gripe é necessário conhecer o que está causando a doença: se é uma déficit nutricional, falta de sono, muita friagem, enfim, deve-se descobrir a causa.  
Da mesma forma, o Brasil precisa de medidas que curem as causas das grandes mazelas do povo, incluindo aquelas ligadas à indústria. Para que o País se torne competitivo, não bastam medidas protecionistas, é preciso diminuir a enorme e imoral carga tributária a que todos, pobres, ricos e milionários são submetidos.
E, como em todos os setores, a indústria sofre tremendamente com estes impostos, que não retornam, em absoluto, da forma que deveriam. Isto faz o Brasil perder em competitividade, e não adianta medidas paliativas aqui e ali.
Outro aspecto relevante é a educação, principalmente a de base. O País, que quer continuar a crescer, tem de investir pesado na educação e na mão de obra de qualidade.
Estas medidas, sim, protegem de verdade!
Fontes: O Estado de S.Paulo, com comentários em itálico feitos por Márcio Basso