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Voltando à estaca zero

Tempo de Refletir


Por Rádio NT 20/09/2020 - 04h00
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Salmo 49:16 e 17 “Não temas, quando alguém se enriquecer, quando avultar a glória de sua casa; pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o acompanhará.


Na pequena cidade de Stewart, Flórida, uma longa fila de carros se movia vagarosamente por uma das avenidas. Era um cortejo fúnebre, com todos os seus componentes: carro funerário coberto de flores, grupo de amigos e parentes chorando em silêncio. Tudo normal, exceto uma coisa: O cortejo era seguido por um trailer no qual estava pregada uma faixa com as seguintes palavras: “Estou levando-o comigo”.


Achamos ridícula a ideia de alguém pretender desfrutar seus bens na sepultura. No entanto, há pessoas tão apegadas às posses, que vivem como se fossem conservá-las após a morte. Um homem disse com ironia: “O meu caixão vai ter dois andares; um deles só para as minhas escrituras.”


No antigo Egito, a construção de pirâmides e a mumificação dos faraós era motivada pela concepção de que a trajetória humana continuava após a morte do corpo, por toda a eternidade, desde que lhe fossem proporcionadas as condições para isso: habitação sólida, alimento, escravos, objetos de uso cotidiano e conservação do corpo. Diz C. W. Ceram: “Milhares de vidas foram sacrificadas na tarefa de dar a um morto a segurança e a vida eternas.”


Nas Escrituras Sagradas, porém, não há lugar para almas penadas, espíritos errantes, purgatório, ou qualquer outra forma de vida consciente após a morte: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ec 9:5, 6). O apóstolo Pedro utiliza um realismo semelhante, ao dizer: “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor” (1Pe 1:24). Esta é a realidade nua e crua.


Jesus aceitou a morte como um sono (Jo 11:11), mas não nos deixou sem esperança, ao declarar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25).


Nada levaremos daqui. Voltaremos à estaca zero, como quando nascemos. Mas se dormirmos em Cristo, ressuscitaremos e com Ele reinaremos na glória eterna.

Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:

Obrigado, Pai, porque a morte não é o fim, mas apenas um sono. E esses que hoje dormem o sono da morte, pelo poder de Tua Palavra, irão acordar, ressuscitar, para receberem a recompensa daquilo que fizeram nessa vida. Obrigado, Pai, por essa promessa, por essa certeza! Em nome de Jesus, amém!