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Duas orações diferentes

Tempo de Refletir


Por Rádio NT 29/03/2020 - 04h53
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Lucas 18:10: “Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu, e o outro, publicano”.

O autor da carta de Tiago escreve que “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16). Porém, na parábola do fariseu e do publicano, Jesus fala sobre a oração de um outro tipo de “homem justo”.

Os fariseus eram, sem dúvida, excelentes membros da igreja, observadores meticulosos das regras e exigências, mas tudo isso em busca da santidade em termos de estilo de vida. Nas orações manifestavam apenas uma forma de autocongratulação.

Em pé, afastado de todos, para não se contaminar, com as mãos levantadas, o fariseu apenas dá “tapinhas” de reconhecimento nas próprias costas. Comparados com ele, os demais são apenas “roubadores”, “injustos” e “adúlteros”.

O problema desse “justo” é um inflacionado conceito de si mesmo e, ao mesmo tempo, um reduzido conceito de Deus. Em última análise, ele não está na presença de Deus. Ele ora para si e a respeito de si, cercado no leste, oeste, norte e sul por ele mesmo.

O outro homem, o coletor de impostos, era visto como um apostatado, tratado como pecador (Lc 15:1). Sua posição e comportamento revelam a atitude de alguém que, na presença de Deus, sente-se desqualificado. Ele permanece longe do altar (Lc 18:13).

Longe por sentir-se indigno. Seus olhos fitam o chão, incapaz mesmo de levantar a cabeça. A linguagem corporal revela culpa. Ele bate no peito, num gesto bem conhecido de arrependimento e tristeza. Ele age como se estivesse na presença da morte. Não tem qualquer ilusão a seu respeito. Tudo nele expressa a falência humana.

Sua oração dificilmente é uma prece, mas um grito do coração. Talvez como Lutero que, no leito de morte, virado para a parede, murmurava: “Ó Deus, tem misericórdia deste pecador fedorento”. O publicano não foi ao templo para lembrar a Deus de seus méritos, mas para encontrar-se com Ele. Não há em suas palavras nenhuma escusa, porque ele sabe que Deus não perdoa escusas, apenas pecados.

Jesus conclui Sua parábola afirmando que o segundo homem “desceu para sua casa justificado”. O que Ele está dizendo é que Deus não Se deixa iludir por nossa “folha de serviço” ou pretensão de méritos. A salvação começa com um espírito humilde, mas não é aí que a salvação termina. Ela se torna um princípio ativo no crescimento cristão, na santificação e no serviço.

Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:

Obrigado, Pai, pela salvação maravilhosa! Por Tua graça que apaga o pecado e transforma a minha vida! Eu Te louvo e Te agradeço, em nome de Jesus, amém!