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Números 35

Reavivados por Sua Palavra


Por Rádio NT 14/06/2022 - 02h00
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Por causa da lealdade dos levitas no Sinai, eles deviam ser recompensados. O Senhor tomou providências específicas para viverem no meio do povo que deveriam servir. Todos os israelitas deveriam certificar-se de que os levitas fossem atendidos. Dessa maneira, o Senhor queria que eles conhecessem claramente suas obrigações. Ao mesmo tempo, ser atendidos pelo povo era uma constante lembrança para os levitas de sua responsabilidade em cumprir fielmente o trabalho em favor do povo. Eles deveriam ser espalhados entre todas as tribos de Israel, sendo testemunhas constantes para o povo do que significam fidelidade e santidade, e vivendo entre eles, pra ser parte de suas comunidades, compartilhando suas lutas, tristezas e alegrias, para serem, na realidade, uma bênção para a nação. Eles não deviam ser uma classe exclusiva, arrogante, de elite, separada da comunidade. Deveriam servir, não ser servidos, exemplificando o significado do verdadeiro ministério em qualquer tempo e lugar. 

As cidades de refúgio deveriam servir de abrigo aos que fossem acusados, injustamente, de assassinato. Como não havia sistema judiciário, cabia ao familiar de um assassinado fazer a justiça com as próprias mãos. E daí, caso houvesse erros em tais intenções de execuções, o acusado poderia fugir para uma daquelas cidades. Mas fuga não garantia automaticamente asilo permanente. Em alguns casos, seria um refúgio temporário até que o culpado comparecesse em juízo “perante a congregação”. Isto é, até que os fatos do caso fossem estabelecidos. 

O evangelho do perdão e da graça, não significa que o crime, especialmente algo tão odioso quanto o assassinato, deva ficar impune pela sociedade. Que até um assassino pode se arrepender diante de Deus é, realmente, um assunto diferente. Qual sociedade pode funcionar se o crime não for castigado? O que vemos aqui é o modo de Deus Se certificar de que um dos piores crimes, o assassinato, seja tratado com justiça. 

Nesse caso então, a congregação inteira se envolvia no processo de julgar e livrar o inocente, ao mesmo tempo com o dever de executar caso fosse culpado. Porque era feita uma distinção entre o assassinato premeditado que acarretava execução e o homicídio involuntário que atraía a absolvição, mas que mesmo assim estabelecia que o infrator deveria permanecer de volta na cidade de refúgio, pra própria proteção dele, e também pra evidenciar a gravidade do fato, né.  

E é interessante, porque, ao longo do livro de Números, embora a gente tenha muitos exemplos da intervenção sobrenatural de Deus, o Senhor estabeleceu este sistema de justiça, pra desenvolver no povo o senso de responsabilidade pela justiça. Porque a questão era séria. Veja bem aí, que um assassino não poderia ser morto pelo testemunho de uma só pessoa, que nesse caso poderia ser parcial e até mesmo comprada. O fato tinha que ser confirmado. 

Deus é justiça e misericórdia, meu amigo. As cidades de refúgio representam o refúgio que nós, como pecadores, podemos encontrar em Cristo. Ao longo da história, Jesus é o nosso refúgio. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos de como Ele nos guiou até aqui. 

Fonte: Lição da Escola Sabatina 4º Trimestre de 2009.