Josué 13
Reavivados por Sua Palavra
Por Jackson França 01/08/2022 - 02h00

Olá, meu querido irmão em Cristo, tudo bem com você? Você está estudando a Bíblia diariamente? Tá buscando a Deus diariamente através de Sua Santa Palavra? Nosso objetivo aqui é esse: o crescimento espiritual através do que Deus nos revelou nas Sagradas Escrituras, para que possamos ficar, cada vez mais, Reavivados Por Sua Palavra, né. E nesse projeto, o capítulo de estudo orientado para hoje, é Josué 13, que eu quero comentar aqui com você, dando uma esticadinha e incluindo também os cinco primeiros versos de Josué 14, beleza?
Então vamos lá. Primeiro, tirando uma possível dúvida que talvez tenha surgido pra quem leu o capítulo de sábado e também o de hoje, que é a seguinte: Como podemos resolver a aparente contradição de que Josué “tomou” toda a terra (Josué 11:16, 23), e de que ainda restava muita terra para ser “possuída”? (Josué 13:1).
Sabe, meu amigo, devemos olhar cuidadosamente para a terminologia hebraica usada pelo autor. Josué 11:16, 23 indica que Josué “tomou” (láqah) a terra, enquanto Josué 13:1 aponta que ainda havia muita terra a ser possuída (yárash). A primeira palavra hebraica (láqah) implica que Josué havia quebrado a resistência e assumido o controle da região, embora eles não tivessem conquistado ou ocupado todas as cidades. A segunda palavra hebraica (yárash) implicava que eles ainda precisavam tomar posse completa da terra desapropriando todos os seus habitantes.
O uso de duas palavras para “descansar”, no livro de Josué, reforça essa distinção entre “tomar” e “possuir”. Por exemplo. Em Josué 11:23, lemos que “a terra descansou [sháqat] da guerra”. Esta palavra hebraica significa simplesmente “ficar quieto”. Mas em Josué 21:44, no final da vida de Josué, lemos que “o Senhor lhes deu descanso [nuah] ao redor”. Esta palavra significa “descansar, sossegar e permanecer, repousar”. No final da campanha do norte, a terra “estava quieta” (shaqat) porque as batalhas decisivas haviam terminado. Mas, no final da vida de Josué, Deus deu ao povo “estabelecido descanso e repouso” (nuah) porque “o Senhor entregou todos os seus inimigos em suas mãos”.
E esse aparente paradoxo pode se comparar à vida cristã, sabia? Assim. Considerando que Em Josué 13:1-14:5, Deus deu a Josué instruções sobre como dividir a terra entre os israelitas. Considerando Ap. 12:9-11; Rom. 8:37-39; Heb. 4:3, 8-11; 1João 5:4-5. E considerando que, no pensamento hebraico, a herança da terra era uma experiência profundamente espiritual. Não podemos esquecer que a terra pertencia finalmente ao Senhor, e o povo de Israel deveria ser “estrangeiros e peregrinos” com Deus na terra. No entanto, em cumprimento das promessas da aliança, Deus “deu” a terra a Israel como herança perpétua. Portanto, nenhuma terra deveria ser vendida permanentemente de uma família para outra. Ou seja, a herança de Israel envolvia as posses materiais de terra, vegetação e casas, mas também era um conceito espiritual que representava a felicidade e a alegria do israelita crente. A obra do nosso líder maior, o Messias é dividir em amostra uma herança de bênçãos entre nós desde agora, e, plenamente, lá no Céu.
Fonte: Lição da Escola Sabatina 2º Trimestre de 1995.