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O princípio do dia/ano

Lições da Bíblia


Por Rádio NT 08/06/2020 - 02h30
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Uma das chaves interpretativas do historicismo é o princípio do dia/ ano. Ao longo dos séculos, muitos estudiosos aplicaram esse princípio às profecias de tempo de Daniel e Apocalipse. Eles o retiraram de vários textos fundamentais e do contexto imediato das próprias profecias.

3. Leia Números 14:34 e Ezequiel 4:6, 7. Nesses textos, como Deus explicou o princípio do dia/ano? _______________________________________________________

Nesses textos, vemos muito claramente a ideia do princípio do dia/ ano. Mas como justificamos o uso desse princípio com algumas profecias de tempo, como em Daniel 7:25 e 8:14, bem como Apocalipse 11:2, 3; 12:6, 14; e 13:5?

Três outros elementos apoiam o princípio do dia/ano nessas profecias de Daniel e Apocalipse: o uso de símbolos, longos períodos de tempo e expressões peculiares.

Primeiramente, a natureza simbólica dos animais e chifres representando os reinos sugere que as expressões de tempo também devam ser entendidas simbolicamente. Os animais e chifres não devem ser considerados de maneira literal. Eles simbolizam outra coisa. Portanto, visto que o restante da profecia é simbólico, não literal, por que deveríamos considerar literais as profecias de tempo? Evidentemente, não devemos.

Em segundo lugar, muitos acontecimentos e reinos descritos nas profecias abrangem um período de muitos séculos, o que seria impossível se as profecias de tempo que as descrevem fossem tomadas literalmente. Aplicando o princípio do dia/ano, o tempo se ajusta aos eventos de maneira precisa, o que seria impossível se as profecias de tempo fossem consideradas literalmente.

Por fim, as expressões peculiares usadas para designar esses períodos de tempo sugerem uma interpretação simbólica. Em outras palavras, não são normais as maneiras pelas quais o tempo é expresso nessas profecias (por exemplo, “2.300 tardes e manhãs”, em Daniel 8:14), mostrando-nos que os períodos de tempo descritos devem ser tomados simbolicamente e não literalmente.

Se a profecia das 70 semanas (Dn 9:24-27) fosse literal, o período “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe” (Dn 9:25), seria de 69 semanas, ou seja, um ano e quatro meses. A profecia não teria sentido. Os eventos proféticos ficam claros quando aplicamos o princípio do dia/ano, e as 70 se manas se tornam 490 anos?