Rede Novo Tempo de Comunicação

Ação preventiva salva todos os anciãos e profissionais de casa de repouso na Itália

Uma semana antes do primeiro caso confirmado do novo coronavírus na Itália, um asilo toma atitude controversa que salva a vida de 90 pessoas


Por Rádio NT 03/06/2020 - 10h37

Casa Mia. Este é o nome de uma casa de repouso da cidade de Forlì, em Emilia-Romanha, na Itália, que abriga cerca de 90 anciãos. Administrado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, o asilo viveu uma experiência milagrosa durante a pandemia do novo coronavírus. O local não registrou nenhum caso de covid-19 em seus clientes e em sua equipe de profissionais. Em uma carta aos familiares dos residentes, o diretor da casa de repouso, Fabián Nikolaus, destacou que até o momento o local teve zero caso suspeito e positivo de covid-19. Fabián agradece a Deus em primeiro lugar e também ao alto senso de responsabilidade que cada parte envolvida na Casa Mia tem demonstrado.

Quando o diretor do asilo credita a Deus a conservação da vida dos anciãos e funcionários, ele tem uma razão para isso: em fevereiro deste ano, quando a Covid-19 era uma problema distante da maioria dos países, algo que afetava – aparentemente – apenas a China, Nikolaus decidiu colocar a Casa Mia em quarentena por volta do dia 15 de fevereiro, uma semana antes de o primeiro caso oficial vir à tona na Itália, no dia 21. Houve pressão por parte do governo local, recorda Nikolaus, que disse que eles não estavam autorizados para a entrar em quarentena.

Contudo, quando o governo local mudou de rumo e decidiu decretar a quarenta, no dia 4 de março, já era tarde demais: o vírus já estava dentro da maioria das casas de repouso. O responsável pela Casa Mia está convicto de que foi Deus quem os inspirou a fazer o que fizeram. Kikolaus ressalta: “enquanto permanecíamos seguros, podíamos notar que do lado de fora a situação era caótica. Escutávamos incessantemente as sirenes das ambulâncias”. Casa Mia logo se converteu em exceção na cidade de 120 mil habitantes, que tem 15 lares de anciãos e um total de 1,2 mil leitos. Segundo meios de comunicação locais, quando o vírus entrou nas residências que abrigavam pessoas em estado frágil, teve efeito devastador. Muitos não puderam ser salvos, mas os anciãos e os funcionários da instituição da Igreja Adventista do Sétimo Dia permaneceram sãos e salvos.

Com informações da Adventist Review e da Hope Media Italia