Números 18
Reavivados por Sua Palavra
Por Rádio NT 28/05/2022 - 02h00

Em Números 18:1, o Senhor queria dar aos adoradores a certeza de que eles não morreriam, desde que se aproximassem do santuário por meio de Seus sacerdotes, responsáveis para certificar-se de que nenhuma pessoa sem autorização se aproximasse do tabernáculo, em atitude de desafio. Isso acalmaria os temores da congregação de que, ao se aproximarem do tabernáculo, eles corriam risco de morrer.
Olhando para os versos 1-7, é importante notar aqui que, embora toda a nação devesse ser “reino de sacerdotes”, só certas pessoas eram admitidas a certos papéis. De forma semelhante, encontramos no Novo Testamento diferentes funções na igreja (1Co 12:28-31; Ef 4:11).
Mas o Senhor deixou claro que era Ele quem designava as pessoas para as funções. Por misericórdia, Deus quis fazer as divisões pra evitar que os problemas entre eles se repetissem. Deus busca salvar Seu povo, não os condenar ou destruir. Todo o plano de salvação, de começo a fim, revela o desejo do Senhor de redimir os pecadores caídos da destruição que o pecado traz.
Poder participar da causa de Deus é uma dádiva. Foi um privilégio dado àquele povo, não por causa de qualquer mérito de sua parte, mas simplesmente pela graça e providência de Deus. Afinal, o Senhor precisava que alguém fizesse esse trabalho e, em Sua sabedoria divina, esses foram aqueles que Ele escolheu.
Claro, com essa tarefa sagrada vinham responsabilidades sagradas. Questões de vida e morte, tanto física como espiritualmente, estavam envolvidas aqui, pois o tabernáculo era o lugar em que Deus habitava na Terra. O santuário também era o modelo do que Jesus faria aqui na Terra e de Seu ministério no Céu. Era como um Calvário em miniatura, representado em tipos e sombras. O destino das pessoas estava em jogo. Tudo isso justificava a solenidade que o Senhor atribuía aos encargos dados àqueles homens.
Os versos 18-20 mostram como o Senhor relacionava diretamente a oferta que Lhe era dada com a que era dada ao sacerdócio. Ao mesmo tempo, podemos também ver a humanidade dos sacerdotes. Embora ocupassem uma posição privilegiada, para seu sustento, eles ainda dependiam do povo ao qual deveriam servir fielmente, sem se aproveitar.
Nos versos 21-32, vemos que o Senhor adaptou a antiga prática do dízimo, que vinha desde Abraão, dando o dízimo do povo de Israel para o sustento de toda a tribo dos levitas – inclusive as famílias dos sacerdotes. E os levitas também deveriam dizimar, reconhecendo sua dependência de Deus e que tudo o que eles recebiam era dEle.
Então, meu querido amigo ouvinte, nesse plano divino, todos têm sua responsabilidade, todos têm algo a fazer. Os sacerdotes e os levitas tinham seus deveres sagrados a executar a respeito do serviço e ministério no santuário, mas o povo também tinha o seu com respeito à fiel devolução do dízimo. Era algo pequeno para dar, considerando o que os levitas e sacerdotes executavam em seu favor. De certo modo, todos os diferentes grupos eram dependentes da função uns dos outros, e todos eram dependentes do Senhor.
Fonte: Lição da Escola Sabatina 4º Trimestre de 2009.